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A importância do olhar psicológico nos conflitos familiares

  • Foto do escritor: Camila S Santana
    Camila S Santana
  • 10 de out.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 25 de out.


Os conflitos familiares nem sempre se resolvem apenas com argumentos jurídicos. Por trás de disputas por guarda, convivência ou decisões sobre a vida de filhos e familiares, existem emoções, histórias e vínculos afetivos que não cabem nas páginas de um processo.


É nesse ponto que entra o olhar psicológico — uma perspectiva técnica e humana que busca compreender as dinâmicas emocionais, os sentimentos e os contextos relacionais que sustentam o conflito.


O sistema de Justiça reconhece a importância desse olhar e, por isso, conta com o apoio de profissionais da Psicologia Jurídica, que ajudam a traduzir a subjetividade humana em informações técnicas capazes de orientar decisões mais justas.


O que significa o olhar psicológico nos processos de família?

Ter um olhar psicológico sobre um conflito familiar significa entender as relações que existem para além do litígio. Enquanto o Direito busca definir o que é legalmente justo, a Psicologia procura compreender o que é emocionalmente saudável e funcional para cada pessoa envolvida.


Na prática, o olhar psicológico permite:

  • 👨‍👩‍👧 Compreender o vínculo afetivo entre pais e filhos;

  • 💬 Avaliar a comunicação e os padrões de convivência;

  • 🧩 Identificar fatores emocionais que alimentam o conflito;

  • ❤️ Ajudar o juiz a enxergar o impacto das decisões sobre a vida emocional das partes;

  • ⚖️ Promover acordos mais equilibrados, que respeitem o melhor interesse da criança e a dignidade de todos os envolvidos.


Essa análise não é opinativa — é técnica, ética e científica, baseada em evidências psicológicas e nas Resoluções do Conselho Federal de Psicologia (CFP) que regulamentam a atuação pericial e psicossocial.


Como o olhar psicológico contribui para a Justiça de Família

Nos processos de família, o olhar psicológico é fundamental para trazer clareza onde há emoção, escuta onde há conflito, e compreensão onde há dor.


Por meio de estudos psicossociais, perícias e pareceres técnicos, o psicólogo jurídico ajuda o juiz a compreender aspectos que não podem ser medidos apenas por provas materiais.


Essa contribuição se reflete diretamente em decisões mais justas e humanas, pois:

  • Permite que o magistrado compreenda as reais necessidades emocionais da criança ou adolescente;

  • Favorece soluções que preservam vínculos familiares e evitam danos psicológicos;

  • Promove a valorização da escuta, da empatia e do cuidado dentro do sistema de Justiça.


Em síntese, o olhar psicológico é o que torna o processo judicial mais humano, ético e consciente das subjetividades envolvidas.


O papel da Assistente Técnica nesse contexto

Nos casos em que há conflito familiar, cada parte pode contar com o apoio de uma Assistente Técnica em Psicologia Jurídica, que atua como uma ponte entre a subjetividade e o Direito.


A Assistente Técnica:

  • Analisa o laudo ou o estudo psicossocial realizado pelo perito do juízo;

  • Elabora parecer técnico psicológico, oferecendo uma leitura complementar e independente;

  • Identifica aspectos emocionais que podem ter sido subestimados;

  • Auxilia o advogado na construção de argumentos técnicos e sensíveis;

  • Garante que o olhar psicológico da parte seja ouvido e respeitado no processo.


Essa atuação é essencial para assegurar que as decisões judiciais considerem todos os elementos da realidade emocional e familiar, e não apenas as provas formais.


Conclusão: onde o Direito encontra a sensibilidade

O olhar psicológico é indispensável nos conflitos familiares, porque ele revela o que os autos não mostram: sentimentos, vínculos e histórias. Sem esse olhar, a Justiça corre o risco de decidir sobre famílias sem compreender a essência das relações que as formam.


Por isso, o trabalho do psicólogo jurídico — e especialmente da Assistente Técnica — é garantir que cada decisão seja pautada na razão, mas também na humanidade.


💬 Entre em contato e saiba como posso ajudar o seu caso com uma análise técnica, ética e sensível.


📍 Sobre a autora

Sou Camila Silva Santana, Psicóloga Jurídica – CRP 03/25621, atuante nas Varas de Família, Interdição e Infância e Juventude do Tribunal de Justiça da Bahia. Com mais de 700 processos analisados, experiência em Perícia Psicológica e Assistência Técnica, e formação em Escuta Especializada (Lei nº 13.431/2017), dedico minha atuação a promover uma Justiça mais humana, técnica e sensível.


📞 WhatsApp: 71 98718-1480

 
 
 

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Camila Silva Santana Psicóloga Jurídica
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